Um sítio chamado Mente. Uma Mente que vive o presente(Prenhidão)
Então,
após várias viagens para todos os cantos, estou de volta. Estou de volta para o
meu sítio chamado Mente. Amo-o porque sou daqui, de carne e osso. Estava com
muitas saudades. Lá no passado e lá no futuro aonde eu me deslocara existem
coisas boas, e outras ruins. Coisas aliciantes que me pudessem algemar e lá
permanecer encarcerado. Todavia, estava com saudade do Presente, o meu sítio.
Com todas tribulações e serenidades; alegrias e tristezas; bajulações e
desagrados. O meu sítio é este, aqui!
É aqui onde vivo a minha
realidade. Liberdade oscilatória, alegria analógica, paz binária, riqueza anã,
e muitas outras realidades. É este e aqui, o meu sítio. Voluntariamente
solitário, a sua patuleia vive o presente; o passado e o futuro não são
conhecidos. Uma das leis fundamentais deste sítio é simples e clara: prenhez. A
produção principal chama-se prenhe. Os esforços do passado e do futuro, da
regência, dos vindouros e dos letrados de nada servem. A patuleia continua a
aparafusar a cultura de prenhez, motivada pela delícia e preconceito. Motivada
pela cegueira e hipoacusia. E os garotos…esses ou pulam ou não estão preparados
para assumir esta nova função, de papá. Muito menos a garota. E os pais? Estes
vivem com o nosso irmão Pobreza Absoluta. Não têm controlo da situação; estes
igualmente são um fruto da prenhez.
Não
há planeamento da prenhez. Não há respeito pelos mais velhos. Não há punição.
Não há lei. Criam-se xadrezes de relacionamento e reprodução. Abortos, crianças
desnutridas, crianças de rua ou abandonadas já não são notícia. Já não são
notícias os relatos de infecções e mortes motivadas por esses xadrezes. DTS,
HIV, homicícios e suicídios também já não são notícia. Como também não são
notícia os esforços da regência, dos vindouros, dos letrados e das difusões. Bebedeira,
sexualidade, droga e outras coisas semelhantes são a regra. O meu sítio, a
Mente, vive o presente.
Criou-se
então uma função exponencial da pobreza, cuja abcissa é atribuída á Regência.
Instalou-se um quadro de ociosidades, improdutividades, tristezas, brincadeiras
e rapinagens. Este é o meu sítio. Mas tenho fé que as viagens ao passado e ao
futuro me permitirão mudar as coisas e tornar este sítio o mais agradável do
universo. Um sítio sem comparação. Eu tenho fé. Tenho fé que o meu sítio, o
Presente, a mente será também do passado e do futuro. Eu tenho fé que este
sítio um dia terá liberdade crescente, alegria ardente, paz e riqueza abundantes.
Eu tenho fé que este meu sítio chamado Mente, um dia terá a prenhez prudente, o
prazer comedido. Eu tenho fé que o meu sítio terá o preconceito, a cegueira e a
hipoacusia amputados. E o quadro de ociosidades, improdutividades, sexualidade,
tristezas, bebedeiras, brincadeiras e rapinagens caminharão para Hulene. Eu
tenho fé!
Joseph Katame
anotações.info@gmail.com
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