quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Vou escrever

Vou escrever acerca de muitas coisas boas que acontecem no meu país. Coisas de alegria e outras de tristeza. Ambas são coisas boas. A alegria é boa, faz bem ao coração; rejuvenesce e abençoa. A alegria é algo desejável por todos, desde os mais pequenos aos mais anosos. Para estar alegre não precisa estudar, e muito menos aprender. Para estar alegre precisa ter vontade; vontade de viver, vontade de sorrir e vontade de voar.

Vou escrever sobre a alegria que contagia e atrai. Contagia as pessoas ao seu arredor, contagia as boas obras, contagia o respeito. A alegria que atrai a sorte. A sorte que é a oportunidade bem aproveitada no momento certo. A alegria atrai o dinheiro; atrai bons amigos. Atrai ainda mais coisas impossíveis de descrever. Vou escrever sobre coisas alegres do meu país.

Por outro lado, vou escrever sobre a tristeza, a força oposta da alegria. Vou escrever para estar inscrevido e ser usado pelos vindouros. Vou escrever sobre a força de atrito que se opõe ao deslocamento da nação, à riqueza e à alegria. A tristeza é boa quando é usada na reflexão e meditação; é boa quando serve para corrigir o desacertado e trazer a alegria. É sobre isso que vou escrever. Vou também escrever sobre a tristeza causada pela natureza, para que conste; vou escrever a tristeza causada pelo homem desumano. O homem que se intitula completo mas às escondidas é incompleto. Vou escrever; vou grafar tudo, tintim por tintim.

Vou escrever, mesmo que isso possa valer o silêncio da alma, incompletude dos órgãos ou maledicência. Vou escrever tintim por tintim: o crescimento, a crise, a guerra, a criminalidade, as mortes, a mentira, a insegurança, a ganância, a preguiça, a improdutividade, a acusação, o ódio. Tudo isso e muito mais, vou escrever.

Ao escrever, vou assentar inspirações para os vindouros. Vou escrever lembranças e inalações que produzam alegria para os venturos. Para que os modelos de hoje sejam ganhos para a vida melhor, sem tristeza, guerra, ódio e fome.

Vou escrever e pelejar contra a penúria. Vou compor sobre a penúria da mente, a miséria da liberdade e a carência do sustento. Vou escrever e pelear com a grafia e anotações para o melhor da minha nacionalidade.


Joseph Katame
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