segunda-feira, 6 de junho de 2016

O pão do índico

Ao rebentar do sol és procurado.
Desejado por todos, desde os embriões até os arcaicos.
Ao cintilar do sol és ouro catado,
cantado e apetecido pelo índico.

Ao alvorar e ao escurecer és louvado!
A mamana com bebé ao colo aguarda horas a fio,
pelo pão que sai as ninharias, e o renque parado.
Não sente nem a chuva, nem a ventania nem o frio!

Ao raiar do sol és procurado.
Em filas perfumadas com a catinga, ramelas e plástico preto;
No bairro, no beco e na rua, mesmo com o preço pesado.

Ao cintilar do sol és ouro catado.
Ao matabicho, ao almoço e ao jantar és predilecto,
E o encarecimento é minorado!

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