Ao
rebentar do sol és procurado.
Desejado
por todos, desde os embriões até os arcaicos.
Ao
cintilar do sol és ouro catado,
cantado
e apetecido pelo índico.
Ao
alvorar e ao escurecer és louvado!
A
mamana com bebé ao colo aguarda horas a fio,
pelo
pão que sai as ninharias, e o renque parado.
Não
sente nem a chuva, nem a ventania nem o frio!
Ao
raiar do sol és procurado.
Em
filas perfumadas com a catinga, ramelas e plástico preto;
No
bairro, no beco e na rua, mesmo com o preço pesado.
Ao
cintilar do sol és ouro catado.
Ao
matabicho, ao almoço e ao jantar és predilecto,
E o encarecimento é minorado!
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